quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Bem vindo 2009

Outro ano a descontar no resto que ainda há para eu viver.
E lá ouvi e vi as diversões dos outros na televisão. Lá repetimos aquelas frases feitas de bom ano, sem ter fé nenhuma no que dizemos porque na melhor das hipóteses o ano será igual ao que passou e na pior das hipóteses vai ser pior. Ah! Depois são os rituais patéticos de comer doze passas e de nunca ver os desejos que pedimos, enquanto as comemos, realizados e também temos de vestir roupa de não sei que cor, para dar sorte, apesar da sorte ser sempre pouca. O que nos vale é que somos bons portugueses, podemos ter uma perna partida, mas consolamo-nos porque não partimos as duas, estamos desempregados mas resta-nos a esperança e a saúde, se perdemos a saúde, não faz mal enquanto cá estivermos está-se bem, finalmente quando mortos “_Coitadinho, agora está descansado, pelo menos já não sofre mais.”
Os rituais prolongam-se pelo dia fora. A televisão enche-me a paciência com as reportagens dos outros anos. Bem que podiam dar folga aos funcionários, como fizeram os supermercados e o dono da minha padaria. Ele é o fogo de artifício na Madeira, os hotéis lotados na Serra da Estrela e no Algarve, os banhos de Carcavelos, as festa em lugares recônditos do país, onde ninguém gostaria de viver, os acidentes na estrada e os excessos dos foliões desregrados. O costume. Para alguns, amanhã já acaba tudo, para outros é só na segunda feira. Ainda bem que o país retoma o sossego e a crise o seu lugar de honra.
Mas não posso passar sem dizer como entrei no novo o ano. Nem comi as passas, nem bebi champanhe, nem me empanturrei com comida, mas dancei, dancei e muito. Diverti-me à grande, como é costume quando vou dançar e não preciso de esperar pelo início de cada ano. Sempre que posso, eu faço festa. Habitualmente aguento-a até ao fim, desta vez não consegui. Desta vez prolongou-se pela madrugada. Às 4 horas, os meus pés já não cabiam nos sapatos e hoje só querem chinelos e mal os posso colocar no chão.
Não resisto à vulgaridade: Bom ano para mim!

5 comentários:

saltapocinhas disse...

e eu também não resisto: BOM ANO!

saltapocinhas disse...

ah, e não me acredito que não tenhas bebido champanhe!

só se te falta a palavra "pouco"!!!!!

mfc disse...

A vulgaridade torna-nos únicos!
Quando queremos inovar, violentamo-nos.

Tem um óptimo 2009.

Francis disse...

2009 sera do tipo, vira o disco e toca o mesmo (mas numa versao ainda pior).

Feliz Ano novo para todos!

leãozinho disse...

Champanhe pouco.É que uma destas noite, após ter partilhado uma garrafa de tinto e outra de champanhe, com o meu sócio, à mistura com muita dança, fui-me enfiar numa discoteca onde acrescentei aos líquidos já ingeridos, uma bebeida azul. O amarelo do champanhe e o azul do cocktail fizeram-me verde. Desde esse dia, o meu corpinho decidiu ser contido e proibe-me ingestões alcoólicas XL, por muito que a cabeça queira o corpo não obedece. A cabeça não tem juízo mas o recusa-se pagar as despesas dos outros.